Cartas Alan Taylor 2022

148- Conhecendo a Deus Pessoalmente

Conhecendo a Deus Pessoalmente

Todos nós temos conhecimento da história de Adão e Eva, que comeram  da árvore proibida, e como essa escolha acabou alterando o caminho da humanidade para sempre. Através das Escrituras, podemos ver como os homens andaram com Deus, antes e depois da queda. A partir disso, há muitas lições importantes que podemos aprender. Acredito que podemos explorar a história deles e dessa maneira, evitaremos  cometer os mesmos erros nos dias atuais.

Logo após o pecado original, lemos  como Caim assassinou o seu irmão Abel e tomamos conhecimento  sobre a conversa de Deus com ele em Gênesis 4:10-13: “Então o SENHOR inquiriu Caim: “Onde está teu irmão Abel?” Retrucou Caim: “Não sei; acaso sou eu o protetor do meu irmão?”  Exclamou o SENHOR: “Que fizeste? Ouve! Da terra, o sangue do teu irmão clama a mim.  Portanto, agora és mais amaldiçoado que a terra que abriu a boca para tragar, de tuas mãos, o sangue de teu irmão.  Quando cultivares o solo, este não te fornecerá mais da sua força; serás um fugitivo errante pelo mundo!”  Apelou Caim ao SENHOR: “Meu castigo é maior do que posso suportar.”

Como consequência do assassinato de Abel, Deus baniu Caim do resto da família com a promessa de que não haveria vingança de morte contra ele. Adão e Eva tiveram outros filhos, e a Bíblia se concentra em dois dos filhos que tiveram: Caim, o banido, e Sete, o filho nascido após a morte de Abel. O contraste entre as duas linhagens é bastante impressionante, pois mostra como a humanidade se desenvolveu. Alguns capítulos de Gênesis nos revelam como a família de Caim encontrou ordem ao estabelecer um governo e uma liderança civil. A família de Sete seguiu o caminho oposto, continuando em comunhão com Deus e seguindo-O pessoalmente.

Vamos olhar primeiro para Caim , como diz em Gênesis 4:16-17: “ Caim, sofrerá sete vezes a vingança.” E o SENHOR colocou em Caim um sinal, para que ninguém que viesse a encontrá-lo o matasse. Então Caim coabitou com sua mulher, ela engravidou e deu à luz Enoque. Depois Caim fundou uma cidade, à qual deu o nome do seu filho, Enoque”. A partir desses versículos, descobrimos o início do governo que começou com Caim. O estabelecimento de uma cidade mostra a dependência de homens liderando outros. Esta é uma característica muito humana que surgiu desde cedo. Isso coloca uma pessoa no controle de outras, que é como a família de Caim vivia. Sua linhagem ancestral era independente de Deus, e eles foram o começo de uma sociedade secular de homens governando outros homens. Essa linha ímpia mostrou que os humanos podem se desenvolver sem serem guiados por Deus, ao produzir música, arte, agricultura e artesanato. No entanto, eles também produziram fornicação, poligamia e assassinato. Deram origem a muitos homens de grande renome que se tornaram guerreiros e conquistaram outros. Eles foram os inovadores do prazer, prosperidade e poder. Essa família se desenvolveu fora da influência de Deus e se separou do restante da família de Adão e Eva.

Então houve Sete, em Gênesis 4:25-26 lemos : “E Adão conheceu novamente sua mulher, e ela deu à luz um filho e lhe deu o nome de Sete, “Pois Deus designou outra semente para mim em lugar de Abel, a quem Caim matou”. E quanto a Sete, também lhe nasceu um filho; e deu-lhe o nome de Enos. Então os homens começaram a invocar o nome do Senhor”. A família de Caim começou uma cidade, mas Sete buscou ao Senhor.

Que contraste a Escritura nos apresenta e que advertência ela nos mostrar para os dias atuais. A família de Sete continuou a praticar os sacrifícios e continuo a buscar o seu relacionamento com Deus. Eles ensinaram os seus filhos a buscarem a Deus e a construirem um relacionamento com Ele. A Bíblia os chama de filhos de Deus porque eles buscaram a face de Deus e o seguiram.

Ambas as famílias cresceram separadamente, como dois países diferentes, pois desenvolveram os seus próprios costumes, práticas e, provavelmente, idiomas. A família amaldiçoada formou as suas tradições sem Deus, com uma estrutura de homens poderosos governando os outros, enquanto a família de Sete continuou buscando um relacionamento com Deus. Isso nos diz que, desde o início, o coração de Deus sempre foi liderar o  Seu povo,  pessoalmente. Ele andou no Jardim com Adão; Ele os liderou no deserto  com o fogo à noite e a nuvem de dia. E ainda é assim que Ele deseja que O conheçamos e andemos com Ele hoje.

Somos nós, humanos, que continuamos empilhando barreiras entre Ele e nós. Foi o povo de Israel que exigiu um rei para liderá-los, e mesmo depois que o profeta Samuel os avisou que um rei exigiria lealdade e serviço, eles insistiram que um homem fosse colocado como seu líder. É mais fácil submeter-se a um sistema de liderança de homens para saber o quê fazer e quando fazer,  do que desenvolver um relacionamento em que somos responsáveis ​​por ouvir e obedecer a Deus. É muito mais fácil olhar para uma pessoa como representante de Deus, do que estabelecer um relacionamento pessoal e íntimo com Ele.

Podemos ver em Gênesis 6:1-2: “Então, quando a humanidade começou a se multiplicar sobre a face da terra e nasceram muitas mulheres,  os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram atraentes, e escolheram, para si, aquelas que lhes agradaram os olhos.”. Aqui é onde vemos a mistura das duas famílias. Os filhos de Deus (família de Sete) se casaram com as filhas dos homens (família de Caim). As duas culturas separadas se uniram em uma, fazendo com que uma cultura deformada ressurgisse, e a  terra se perverteu diante de Deus e encheu-se de violência, levando ao julgamento  e ao dilúvio.

Depois de ver esse padrão de Gênesis, estou preocupado que a Igreja moderna tenha sucumbido à mesma tentação de se fundir com o sistema de liderança do mundo. Mais uma vez, colocar uma pessoa como sendo a voz de Deus ao invés de ouvir a Deus por si mesmo. Existem muitos líderes famosos em nosso mundo da Igreja nos dias atuais, e não por causa deles, mas porque muitos preferem receber uma “palavra” ou uma imposição de mãos de um homem, ao invés  de se consagrar a Deus.

Temos posições importantes para as quais Deus tem chamado homens e mulheres, e seus papéis serão sempre o de trazer o Corpo inteiro de Cristo  para mais perto de Deus. O papel de todos os líderes deverá ser sempre o de proteger e manter o alto padrão de Deus. Devem ajudar as pessoas a desenvolverem o seu próprio relacionamento com Deus, mas nunca permitir que ninguém as coloque no lugar de Deus. A estrutura da Igreja dos cinco chamados é essencial, mas somente se permanecermos puros dentro da estrutura de liderança no mundo.

O sistema da Igreja deve ser um lugar santo e santificado para ajudar cada pessoa a descobrir o seu relacionamento pessoal com o seu Pai Celestial. O Corpo inteiro é vital, e cada parte desse Corpo é tão necessária quanto você. O chamado de Deus para você nunca será encontrado dentro de um  sistema de liderança de homens, mas em sua própria caminhada pessoal e íntima com o seu Pai. Portanto vamos todos buscar  conhecê-Lo e amá-Lo, pois Ele é o nosso Pai amoroso, e sejamos nós, verdadeiramente,  a invocarmos  o  Nome do Senhor.

Seu amigo,                                    

                                                                         Alan 

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